sexta-feira, 20 de novembro de 2009

ABSURDO - LEIAM

LADRÃO PROCESSA VÍTIMA POR LESÕES CORPORAIS E POR DANOS MORAIS.

Uma ação em tramitação no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, leva às últimas conseqüências a máxima segundo a qual a Justiça é para todos, mas é uma verdadeira aberração.O pedido de um assaltante, preso em flagrante, e que decidiu processar a vítima por ter reagido durante o assalto, provocou surpresa até mesmo nos meios jurídicos, e foi classificado como uma "aberração" pelo juiz Jayme Silvestre Corrêa Camargo, da 2ª Vara Criminal, que suspendeu a ação.Não satisfeito, o advogado do ladrão, José Luiz Oliva Silveira Campos, anuncia que vai além da queixa-crime, apresentada por lesões corporais: pretende processar, por danos morais, o comerciante assaltado.O motivo: seu cliente teria sidohumilhado durante o roubo.Wanderson Rodrigues de Freitas, de 22 anos, o bandido, diz que se sentiu injustiçado e humilhado porque apanhou dodono da padaria que assaltou. O crime ocorreu na Avenida General Olímpio Mourão Filho, no Bairro Planalto, Região Norte de BH. Por volta das 14h30 de uma terça-feira, Wanderson chegou ao estabelecimento e anunciou o assalto. Ele rendeu afuncionária, irmã do proprietário, que estava no caixa. Conseguiu pegar R$ 45,00.No entanto, quando ia fugir, foi surpreendido pelo dono da padaria, um comerciante de 32 anos, que voltava do almoço."Estava chegando, quando vi minha irmã com as mãos para o alto. Já fui roubado mais de 10 vezes, nos sete anos que tenho meu comércio. Quatro dias antes de esse ladrão aparecer, tinha sido assaltado. Não pensei duas vezes e parti para cima dele. Caímos e, quando outras pessoas perceberam o que estava acontecendo, todos começaram a bater nele, também.Muitos reconheceram o ladrão como autor de outros assaltos da região", conta o comerciante. Ele diz ainda que, pararender a irmã, Wanderson escondeu um pedaço de madeira debaixo da blusa, fingindo ter uma arma. "Pensei que fosse um revólver. Quando a vi com as mãos para o alto, arrisquei minha vida e a dela. Mas estava revoltado com tantos crimes e quis defender meu patrimônio. Trabalhei 20 anos para conseguir comprar esta padaria. Nada foi fácil para mim, e nunca roubei para viver. Chamamos a polícia, e ele foi preso em flagrante por tentativa de assalto "à mão armada", conta.O comerciante acha absurda a atitude do advogado do bandido. "O que me deixa indignado é como um profissional aceita uma causas dessas, sem pensar no mal que pode causar à sociedade. Chega a ser ridículo", critica.Quem parece compartilhar da opinião do comerciante é o juiz Jayme Silvestre Corrêa Camargo. Em sua decisão, eleconsiderou o fato de um assaltante apresentar uma queixa-crime, alegando ser vítima de lesão corporal, uma afronta aoJudiciário. O magistrado rejeitou o procedimento, por considerar que o proprietário da padaria agiu em legítima defesa. Além disso, observou que não houve nenhum excesso por parte da vítima. O magistrado avaliou que o homem teria apenas buscado garantir a integridade física de sua irmã e funcionária e, por extensão, seu próprio patrimônio."Após longos anos no exercício da magistratura, talvez este seja o caso de maior aberração postulatória. A pretensão doindivíduo, criminoso confesso, apresenta-se como um indubitável deboche", afirmou o juiz. Da decisão de primeira instância cabe recurso.Com 31 anos de carreira, o advogado do assaltante, José Luiz Oliva Silveira Campos, está confiante no andamento doprocesso. Ele alega que o cliente sofreu lesão corporal e se sentiu insultado e rebaixado por ter levado uma sova. "A ninguém é dado o direito de fazer justiça com as próprias mãos. Wanderson levou uma surra. Ele foi humilhado e, por isso, além dos autos em andamento, vou processar o comerciante por danos morais", afirma.Ele conta que há 31 dias Wanderson está atrás das grades, no Ceresp da Gameleira, pelo crime cometido no Planalto.Além de justificar a ação, ele desfia um rosário de teorias. "Não vejo nada de ridículo nisso. Os envolvidos estouraram o narizdo meu cliente e ele só vai consertar com uma plástica." "Em vez de bater nele, o dono da padaria poderia ter imobilizado Wanderson. Para que serve a polícia? Um erro não justifica o outro. Ele assaltou, sim. Mas não precisava ter sido surrado", afirma. O advogado acrescenta que sua tese é a de que Wanderson não estava armado, mas "apenas com um pedaço de madeira de 20 centímetros".Ele também culpa o governo pelo assalto praticado pelo cliente. "O problema mora na falta de empregos e na falta de segurança pública. Há câmeras do Olho Vivo pela cidade. Por que o poder público não coloca nas padarias também? Temos que correr atrás de nossos direitos, e Wanderson está fazendo isso. Meu cliente precisa ser ressarcido pelos danos sofridos", diz o advogado.É... Só no Brasil bandido processa a própria vítima...Além das "Comissões" e ONG´s de "direitos humanos", que só defendem os bandidos, nunca as vítimas, agora surge mais essa.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Lentamente
morre o latente
prazer da paixão
se esfria nas inúmeras feiras
em cada coceira da frieira
do ato de estar ao seu lado
Psiu... é secreto
não se comenta nem em casa
só se obrigado
e mesmo assim por decreto
Não cobra o que não foi dado
não pede o que será negado
silencia antes de ser calado
e vai se afastando do brilho
cai esmagado como tomate na feira
comendo apenas a poeira
de mais uma e tão conhecida
DESILUSÃO